As dores nas costas foram o primeiro sinal. A fome: banda de abertura, tocou tanto que os sons já saiam do estômago com ritmo e refrão. Os joelhos não dobravam mais e a câimbra trocou de lugar com a voz. Muitos foram embora antes do fim e até as estrelas reclamaram ao abrirem espaço para o céu alaranjado.
As luzes se apagam. O primeiro acorde some em meio a tantos gritos, mas mesmo assim é inesquecível. Ele canta, todo mundo canta, a moça da latinha se assusta, o homem da água respira. O povo grita, se abraça, pula, berra. Nessa hora, mesmo quem está na primeira fila, fecha os olhos com força e canta. Aquilo ali é uma lágrima? É sim, ele está chorando. Olha lá, ela também. Pode abrir os olhos, acabou.
E depois, quando tudo termina e as dores continuam, o que resta é um fone de ouvido e a torcida para que este ainda não tenha sido o melhor de todos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Faço de minhas as suas palavras!
;D
só vc p/ conseguir traduzir o tanto q foi bom!
qdo alguém me perguntar de novo como foi e eu ficar muda de novo, tentando pensar em como explicar, vou mandar ler seu texto
bjaum
Não o melhor de todos, mas o melhor daquele momento, e nós? Nós estávamos lá e estaremos sempre!!!
Talvez o melhor de todos até agora? Porque a gente sempre acha o último o melhor de todos, sinal de que tá só melhorando. Foda.
Postar um comentário